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  • Foto do escritorLuiz Fernando Arêas

ABRAÃO 11 - JUÍZO E SALVAÇÃO


Bom dia.

Aquela “grama verdinha”, que atraiu Ló em Gênesis 13, cobrou um preço caríssimo.


Assim como uma pedra lançada num lago faz a água se propagar em círculos concêntricos, desde a queda de Adão e Eva (Gênesis 3) , o pecado foi deixando marcas cada vez maiores na história humana. Vemos isso com clareza no livro de Gênesis.


Depois da primeira desobediência do ser humano (Gênesis 3), Caim mata Abel (Gênesis 4.18), Lameque, que introduziu a poligamia no mundo (Gênesis 4.19), mata mais duas pessoas (Gênesis 4.23,24). A maldade foi se multiplicando de tal forma, que Deus "se arrependeu de haver criado a humanidade" e resolve destruí-la:

O SENHOR disse: “Eliminarei da face da terra esta raça humana que criei. Sim, e também destruirei todos os seres vivos: as pessoas, os grandes animais, os animais que rastejam pelo chão e até as aves do céu. Arrependo-me de tê-los criado”. Noé, porém, encontrou favor diante do SENHOR.

(Gênesis 9.7,8)

Então vem a passagem do dilúvio e o Senhor recomeça tudo com Noé. Mas o pecado continua presente no ser humano e no mundo. A torre de Babel é prova disso.

No texto de hoje temos o juízo de Deus sobre Sodoma e Gomorra, desdobramento do diagnóstico divino em Gênesis 18.20:

Portanto, o SENHOR disse a Abraão: “Ouvi um grande clamor vindo de Sodoma e Gomorra, porque o pecado dessas duas cidades é extremamente grave.”

Palavras impressionantes, que lembram outra ocasião, quando Deus envia o profeta Jonas a Nínive:

“Vá depressa à grande cidade de Nínive e pregue contra ela, porque a sua maldade subiu até a minha presença”.

(Jonas 1.2)

O clamor da maldade vai subindo até Deus. A mensagem dos profetas (de Isaías a Malaquias temos 1/5 da Bíblia) é caracterizada por dois tipos de mensagens, que se intercalam: advertências de juízo e promessas de salvação.

Juízo e Salvação estão presentes aqui neste capítulo. Os dois homens (anjos) enviados por Deus são acolhidos por Ló em sua casa. O que vem em seguida, choca:

Ainda não tinham ido se deitar quando todos os homens de Sodoma, jovens e velhos, chegaram de toda parte da cidade e cercaram a casa. Gritaram para Ló: “Onde estão os homens que vieram passar a noite em sua casa? Traga-os aqui fora para nós, para que tenhamos relações com eles!”.

(Gênesis 19.4,5)

O texto mostra que essa perversidade e violência eram corriqueiras, faziam parte dos costumes da cidade. A reação de Ló é igualmente desconcertante:

“Por favor, meus irmãos, não cometam tamanha maldade”, suplicou. “Escutem, tenho duas filhas virgens. Deixem-me trazê-las para fora, e vocês poderão fazer com elas o que desejarem. Mas, por favor, deixem os homens em paz, pois são meus hóspedes e estão sob minha proteção.”

(Gênesis 19.7,8)

Que pai faria algo assim com suas filhas, entregá-las para serem abusadas por uma cidade inteira? Aquela “grama verdinha”, que atraiu Ló em Gênesis 13, cobrou um preço caríssimo, a ponto de Pedro, no Novo Testamento, escrever na sua segunda carta:

Em contrapartida, resgatou Ló, tirando-o de Sodoma, por ser ele um homem justo, afligido com a vergonhosa imoralidade dos perversos ao seu redor. Sim, Ló era um homem justo, cuja alma justa era atormentada pela maldade que via e ouvia todos os dias.

(2Pedro 4.7,8)


A escolha de Ló custou muito caro a ele e sua família. Ele sujeitou sua casa a ser afligida diariamente com a perversidade da cidade de Sodoma.

Alguém, em sã consciência levaria sua família para morar em Sodoma? Quantas e quantos não tem caído no conto da “grama verde”, e têm perdido a alma, a família por causa disso? Quantos têm negociado princípios morais inegociáveis por um momento de prazer, por um “emprego melhor”?

Ló e sua família dão trabalho para sair da cidade, mas acabam obedecendo aos anjos, que os advertem a não olharem para trás. A cidade é completamente destruída. A mulher de Ló olha para trás e se torna uma estátua de sal. Jesus a usa como exemplo de advertência para os dias finais, os quais estão cada vez mais próximos:

Sim, tudo será como sempre foi até o dia em que o Filho do Homem for revelado. Nesse dia, quem estiver na parte de cima da casa, não desça para pegar suas coisas. Quem estiver no campo, não volte para casa. Lembrem-se do que aconteceu à esposa de Ló! Quem se apegar à própria vida a perderá; quem abrir mão de sua vida a salvará.

(Lucas 17.30-33)


Ló não merecia escapar do juízo, mas, pela graça de Deus, ele e suas filhas foram salvos. Cristo pagou o preço do pecado com seu sangue e morte na cruz. Para receber esse perdão e salvação imerecidos, é preciso crer nele, conforme escreveu Paulo:

Esta é uma afirmação digna de confiança, e todos devem aceitá-la: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”, e eu sou o pior de todos. Mas foi por isso que eu, o pior dos pecadores, recebi misericórdia, para que assim Cristo Jesus mostrasse quanto é paciente. Desse modo, sirvo de exemplo a todos que vierem a crer nele para a vida eterna.

(1Timóteo 1.15,16)


Juízo e salvação. Alguém, em sã consciência recusaria o segundo e optaria pelo primeiro?

A partir de então, Jesus começou a anunciar sua mensagem: “Arrependam-se, pois o reino dos céus está próximo”.

(Mateus 4.17)

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