SABEDORIA DIVINA: O CAMINHO PARA UMA VIDA PLENA E ABENÇOADA - parte 3 de 3

Luiz Fernando Arêas
7 de ago.
4 min de leitura

Bom dia.

A conclusão da nossa reflexão sobre Sabedoria Divina: o caminho para uma vida plena e abençoada. (veja a parte 1, parte 2)

Recordando todos os benefícios prometidos nessa passagem de Provérbios desde o início: vida longa e próspera; paz; o favor de Deus e dos homens; boa reputação; e ao priorizarmos e dependermos de Deus, Ele endireitará nossas veredas.

Os versos 7 e 8 nos trazem uma lição de humildade e autocrítica:

7 Não seja sábio aos seus próprios olhos; tema o Senhor e evite o mal. 8 Isso dará a você saúde ao corpo e vigor aos ossos.

(Provérbios 3.7-8)

A humildade e o temor a Deus trazem saúde física e espiritual. Os jovens que adquirem sabedoria precisam lembrar que não se tornaram sábios por si mesmos; a sabedoria vem de Deus (Provérbios 2:6). Os velhos também não podem se esquecer disso.

O temor ao Senhor ajuda a prevenir o mal do orgulho. Evite o mal. Há trechos de Provérbios sobre o perigo da tentação de se juntar aos maus e fazer coisas erradas, de atender aos convites insistentes para o adultério.

Cuidado! Evite o mal! Ore todos os dias:

“não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal”.

(Mateus 6.13, trecho da oração "O Pai Nosso)

Como resultado, Deus dá saúde e vigor aos ossos. A saúde nos ossos é mencionada várias vezes em Provérbios. Isso mostra que a saúde espiritual e física estão relacionadas.

Os versos a seguir estão entre os mais conhecidos de Provérbios.

9 Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as suas plantações; 10 os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho.

(Provérbios 3.9,10)

Lição: A generosidade com Deus leva à abundância.

Devemos reconhecer o Senhor em todos os nossos caminhos, inclusive o financeiro. A primícias (primeiros frutos) de uma colheita deviam ser dadas aos pobres, mesmo que o agricultor não tivesse certeza do quanto colheria.

O maior exemplo vem do nosso Senhor Jesus Cristo:

Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos.

(2Coríntios 8.9)

Sendo rico, dono de todo o universo, Ele se fez pobre por nossa causa, para que nós pudéssemos ser ricos.

Deus se encarnou num homem pobre, que nasceu num estábulo de animais, cresceu sem dinheiro, fez a sua última refeição numa sala emprestada e foi enterrado num túmulo emprestado. O único bem que ele possuía era a roupa do corpo e na crucificação repartiram suas vestes.

Por que ele fez isso? Jesus tornou-se pobre, recebendo o nosso castigo, para que pudéssemos obter as riquezas espirituais eternas. Ele recebeu a condenação para que pudéssemos receber a justificação - a justiça de Deus, que nos tornou justos por meio do sacrifício de Jesus Cristo.

Portanto, não nos cabe nenhum orgulho pelo que temos, pois tudo o que temos foi dado por Deus. O que nos cabe é reconhecer isso e sermos fiéis e generosos com o que Ele nos confiou.

Finalmente, os versos 11 e 12 traduzem a confiança em Deus com relação à disciplina, a correção de Deus:

11 Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor nem se magoe com a sua repreensão, 12 pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem.

(Provérbios 3.11,12)

Aqui percebemos claramente que quem nos chama de “meu filho” é o Pai Amoroso, que nos ama tanto a ponto de nos aceitar como somos, mas nos ama demais para nos deixarmos assim. Ele quer nos transformar e tornar cada vez mais parecidos com seu Filho, Jesus Cristo.

A verdadeira transformação do cristão não é sobre adotar um conjunto de regras — é sobre um coração transformado pelo evangelho. O cristianismo não é apenas um sistema ético, mas uma transformação sobrenatural.

Esses versículos são absolutamente relacionais.

Devo ter intimidade com as instruções de Deus.
Devo cultivar o amor e a fidelidade em minha vida, para ficar cada vez mais parecido com Jesus. Enquanto Deus me transforma por dentro, eu devo manifestar essa transformação externamente.
Devo confiar plenamente no Senhor, entregar todos meus caminhos a Ele.
Devo raciocinar, ponderar cada decisão e colocá-la aos pés de Jesus.
Devo traduzir essa confiança de todo o coração em todas as áreas da minha vida, inclusive a financeira.
E devo ter certeza de que quando eu for disciplinado por Ele, a estarei recebendo na medida certa.

Muitas vezes erramos na disciplina com nossos filhos. Ou os punimos demais ou de menos ou nem punimos aqueles que deveriam ser punidos. Mas Deus não erra na medida de sua disciplina. Sua disciplina é governada pelo seu amor.