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  • Foto do escritorLuiz Fernando Arêas

OS PLANOS DE DEUS E OS NOSSOS - parte 1 de 2

Bom dia.



Os planos de Deus e os nossos nem sempre combinam. Paulo irá nos ensinar a arte de viver pela fé, porque os planos de Deus sempre darão certo.



A Bíblia nos oferece inúmeros ensinamentos sobre como lidarmos com nossos problemas. A Carta aos Filipenses nos ajuda com essas questões.


Paulo e a igreja de Filipos tinham uma relação muito próxima, o que faz dessa carta provavelmente a mais carinhosa do apóstolo. Um dos temas da carta é a alegria. Sua alegria se firmava na certeza de que o Senhor sempre esteve no controle de cada situação da sua vida, inclusive nos momentos em que as coisas pareciam não ir bem.


Tanto Paulo como os filipenses estão passando por problemas. Paulo está preso e a execução é uma possibilidade concreta; e os filipenses passando por aflições, oposição por causa do evangelho, e alguns conflitos internos.


Essas são as situações problemáticas do contexto da carta. E para nos ensinar a lidarmos com as nossas situações problemáticas, Paulo nos dá orientações valiosas.


"12 Quero que saibam, irmãos, que aquilo que me aconteceu tem, ao contrário, servido para o progresso do evangelho. 13 Como resultado, tornou-se evidente a toda a guarda do palácio e a todos os demais que estou na prisão por causa de Cristo."

(Filipenses 1.12,13)


Há uma expressão no verso 12 que faz toda a diferença. É a palavra “ao contrário”. Ela muda toda a perspectiva da cena.


Com “as coisas que me aconteceram”, Paulo se refere à sua prisão. Paulo estava preso. Não podia viajar, visitar as igrejas, abrir outras. Mas não vemos Paulo se lamentando aqui. Não há manifestações de autopiedade.


Tudo parecia estar perdido. Mas, o que parecia ser um obstáculo ao evangelho, AO CONTRÁRIO, se tornou um impulso ao evangelho. Os irmãos que estavam assentados nos bancos da igreja ouvindo a pregação de Paulo, agora “estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar com mais desassombro a palavra de Deus.


Algumas vezes Deus irá nos tirar da zona de conforto. E se Ele fizer isso será para o nosso bem.


Há uma estória bem conhecida de sábio e seu discípulo que estavam viajando por uma região pobre e, em uma noite, decidiram pedir abrigo em uma casa humilde. Ao chegarem, foram recebidos por uma família que vivia em extrema pobreza, mas que possuía uma vaquinha magra que fornecia o pouco leite que consumiam e vendiam. Essa vaquinha era sua única fonte de sustento.


Na manhã seguinte, antes de partir, o sábio fez algo inesperado: pediu ao discípulo que empurrasse a vaquinha para o precipício. O discípulo, apesar de perplexo e relutante, obedeceu.


Anos depois, o discípulo, cheio de remorso por aquela ação, voltou àquela região para ver o que havia acontecido com a família. Ao chegar, ele ficou surpreso ao encontrar uma casa reformada, campos bem cultivados, e uma família próspera. Perguntou o que havia acontecido e eles contaram que, depois de perderem a vaquinha, foram forçados a procurar outras formas de sobrevivência, aprenderam novas habilidades e se dedicaram ao cultivo da terra, o que acabou transformando completamente suas vidas.


Cuidado com a acomodação da zona de conforto. A zona de conforto e a rotina destroem a criatividade das pessoas.


Agora que Paulo está preso, os irmãos de Filipos "estimulados por suas algemas", saíram da zona de conforto, estão anunciando a palavra com maior determinação e destemor.


A lógica de Deus muitas vezes nos surpreende. Os planos de Deus muitas vezes divergem dos nossos. Os planos de Deus são mais amplos que os nossos. Em Isaías 55, o Senhor diz que os caminhos dele são mais altos que os nossos e que os pensamentos dele são mais altos que os nossos.


Morrer para nosso conforto, nossas ambições e nossos planos faz parte da própria essência do cristianismo

J. Blanchard, 1932


>>> continua

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