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  • Foto do escritorLuiz Fernando Arêas

O SOL AINDA PODE BRILHAR

Bom dia.


Há anos fui internado bem na época do Natal. Privado de ficar minha família, esposa e filho (na época, com dois anos), questionei Deus o porquê de tudo aquilo.

Claro que não recebi nenhum e-mail divino dando-me satisfações. Não obtive respostas objetivas para meus dramas pessoais, porém, elas vieram subjetivamente por meio da meditação da Palavra de Deus.


Comecei a ler o livro de Ester, que estava um tanto empoeirado na minha Bíblia. Ele tem o artifício literário de não citar Deus em nenhum dos seus versos. Todavia, é impressionante ver a mão do Senhor nos bastidores, nos detalhes do cotidiano, nas “casualidades”. Alguém já disse que não há coincidências, mas “cristocidências”. No cenário da desesperança e da impossibilidade humana, o Senhor “age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Romanos 8.28).


Emprestei o título de hoje, O sol ainda pode brilhar, de um livreto justamente sobre Ester, de Calvino Rocha, da Editora Candeia. Recomendo!


Este cenário das impossibilidades de Ester também se apresenta no livro de Rute. Ela e Noemi retornam a Belém viúvas, na delicada situação da pobreza absoluta.


A lei de Deus ordena:

Quando vocês estiverem fazendo a colheita de sua lavoura e deixarem um feixe de trigo para trás, não voltem para apanhá-lo. Deixem-no para o estrangeiro, para o órfão e para a viúva, para que o SENHOR, o seu Deus, os abençoe em todo o trabalho das suas mãos.

Deuteronômio 24.19


Por isso, Rute vai colher espigas no campo “de quem permitir”, o que equivaleria a entrar na fila do sopão ou buscar ajuda numa instituição de auxílio social.


Nesse gesto tão comum aos pobres e viúvas, as “cristocidências” se manifestariam de forma marcante. Rute entra “casualmente” numa propriedade de Boaz, um parente e resgatador da família de Noemi. Nesse dia, Boaz resolve passar por ali e acaba conhecendo aquela de quem já tinha ouvido falar, pois talvez Rute não tivesse se dado conta, mas sua atitude de deixar pai e mãe para cuidar de Noemi impactara a comunidade local.


Aprendemos neste segundo capítulo de Rute, o que é viver pela fé, pela graça e pela esperança. Como dizia Warren Wiersbe, 1929-2019:


Antes de mudar as circunstâncias em que nos encontramos, Deus deseja transformar nosso coração. Se nossa situação mudar para melhor, mas continuarmos os mesmos, na verdade, nos tornaremos piores! 

O propósito de Deus em sua providência não é nos deixar confortáveis, mas sim nos tornar “conformes à imagem de seu Filho” (Romanos 8.29). O que Deus deseja para cada um de seus filhos é que tenham um caráter semelhante ao de Cristo.


Façamos a nossa parte. Enquanto trabalhamos, saiamos em busca da graça, como fez Rute. Ao mesmo tempo, confiemos no cuidado do nosso Bom Pastor.

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