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Foto do escritorLuiz Fernando Arêas

ASFIXIA ESPIRITUAL - UM PERIGO CONSTANTE

Bom dia.



Jesus sai para caminhar na praia de Cafarnaum com seus discípulos e se assenta para ensiná-los. Em pouco tempo a praia fica lotada de pessoas querendo ouvir o mestre galileu.


Há gente de todo tipo. Alguns são curiosos, pararam apenas por causa do ajuntamento. Outros, acham tudo aquilo muito bonito, mas são superficiais, escutam, mas não ouvem. Há também aqueles que estão a caminho do trabalho e mal reduzem o passo para ouvir o que Jesus está dizendo. Finalmente, outros estão ali com os olhos fitos no Senhor, sedentos por ouvi-lo, em busca de respostas, de aceitação, de paz, de Deus e do que só Deus é capaz de dar.


Jesus é premido de tal forma por essa mescla de gente, que entra num barco e faz dele seu púlpito. Discernindo os momentos de vida e as intenções dos que ali estão, ele conta a parábola do semeador. Uma ilustração muito simples, mas o que talvez os ouvintes não percebam de imediato é que a história é exatamente sobre eles mesmos.


As parábolas de Jesus são assim. Elas têm o poder subversivo de nos fazer enxergar as verdades do evangelho de maneira indireta. Quando as lemos, nossas defesas se desarmam e nossa mente se torna numa grande tela onde a singela cena cotidiana se desenrola. Se nossos corações se aquecem ao lê-las nas Escrituras, imagine o impacto causado naqueles que as ouviram da voz do Senhor naquele púlpito flutuante! Quadro comovente esse da praia de Cafarnaum.


A famosa parábola do semeador narra quatro situações diferentes da semente. Jesus a compara à mensagem do evangelho. O semeador espera que a semente dê frutos. Observe que nas quatro situações todos ouviram a mensagem, mas os resultados foram distintos.

Dizem que o maior caminho que a Palavra percorre vai da mente ao coração.

Ouvir não implica em entender ou crer. Há várias coisas que podem acontecer em nossas vidas para impedir que a mensagem que um dia ouvimos, dê fruto no tempo esperado.


Outro post, A BOA ESCOLHA, mostrou o que aconteceu na casa de Marta e Maria. Os cuidados comuns da vida aprisionaram Marta numa armadilha de preocupações e ansiedade. Jesus estava na casa dela, mas ela não experimentava paz, apenas estresse. Marta se ocupava, se preocupava, se estressava e ficava ansiosa (palavras do texto bíblico) para fazer uma refeição para Jesus. Maria tomou a iniciativa de se assentar aos pés de Jesus. Ela escolheu isso.


Como somos parecidos com Marta! Agitados, distraídos, ocupados com muitas coisas, inquietos, ansiosos e preocupados.

As que caíram entre os espinhos representam outros que ouvem a mensagem, mas logo ela é sufocada pelas preocupações desta vida e pela sedução da riqueza, de modo que não produzem fruto.

(Mateus 13.22)


Se não administrarmos nossas agendas e demandas corretamente, podemos sofrer uma asfixia espiritual.


As duas irmãs exemplificam a parábola do semeador sobre como as pessoas podem receber o Reino de Deus.

  • Marta deixa que os cuidados e preocupações da vida tomem o espaço que a palavra de Jesus deveria ocupar;

  • Maria é terra fértil para a palavra do Senhor.

"Se não formos os primeiros a chegar em nossas agendas, outros o farão por nós."

Eugene Peterson, 1932-2018


Para refletirmos

Certamente a pandemia afetou a agenda de todos nós. O que isso causou na nossa espiritualidade? Ela se traduziu num tempo com Deus melhor do que antes?

E hoje? A Palavra tem frutificado em terreno fértil em nossas vidas?


Oração

Senhor, eu te peço discernimento para separar as coisas importantes das urgentes e sabedoria para priorizar aquilo que não pode ser negociado em minha vida. Livra-me da asfixia espiritual. Em nome de Jesus, amém.




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