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Foto do escritorLuiz Fernando Arêas

ABRAÃO 03 - RECOMEÇOS E DECISÕES

Bom dia.



Depois de um mau começo, um novo recomeço.


Depois de um mau começo no Egito, onde preferira mentir a confiar em Deus, Abraão retorna a Canaã, ao altar que anteriormente havia erigido.


Ali ele retoma a caminhada com o Criador. Novo recomeço na vida do patriarca. A graça do Senhor também nos dá essa chance abençoada de retomarmos nosso relacionamento com Ele quando erramos o caminho.


Agora o aprendizado de Abraão acontecerá no âmbito familiar. Ele e seu sobrinho Ló prosperaram tanto que não há mais pastos e poços suficientes para sustentar os rebanhos de ambos. Abraão precisa tomar uma decisão.

Então Abrão disse a Ló: “Não haja desavença entre mim e você, ou entre os seus pastores e os meus; afinal somos irmãos! Aí está a terra inteira diante de você. Vamos separar-nos. Se você for para a esquerda, irei para a direita; se for para a direita, irei para a esquerda”.

(Gênesis 13.8,9)


O tio procura o sobrinho para a solução do conflito, renunciando à prerrogativa da escolha do lugar, demonstrando discernimento e generosidade. Vemos aqui que Abraão aprendera algo nas provações do Egito. Se não fosse assim, ele poderia ter “passado a rasteira” no sobrinho de dez maneiras diferentes. A questão “somos irmãos” (Gênesis 13.8) para Abraão era mais importante que os bens materiais.


De forma altruísta, ele traz solução imediata ao conflito familiar. “Escolha você, sobrinho.”

Ló olha para esquerda e vê um grande deserto. Olha para a direita e contempla a “grama verdinha” das campinas do Jordão, regada, como se fosse um paraíso (v. 10). “Titio, eu faço o sacrifício de ficar com aquele lado, viu?”. E o que sobrou para Abraão? O deserto.


O texto nos mostra as consequências dessas decisões. Ló, escolhendo “as coisas que se veem”, leva sua esposa e suas duas filhas a morarem numa terra totalmente corrompida em seus valores morais, a terra de Sodoma. Precisa dizer mais?


Abraão, por outro lado, encontrou a liberdade de depender de Deus. Observe como Deus responde a essa atitude nos versos 14 a 17. Note a ênfase na palavra descendência (semente). A promessa da “terra” e da “semente” foi agora ampliada (v. 14), reiterada (v. 15,16), e como garantia, tornada palpável (17).


Tanto a visão como a ação de Abraão vieram depois da fé. Sua escolha (v. 9) foi recompensada por estas palavras de Deus: “Ergue os olhos” (v. 14). E o que seus olhos alcançavam, seus pés explorariam minuciosamente.


O treinamento de Deus é intensivo na vida de Abraão. No próximo capítulo, Abraão simplesmente irá parar no meio de uma guerra! Andar com Deus é uma experiência repleta de emoções e aprendizado.


À medida em que você for lendo a história do pai da fé, perceba como as palavras tenda e altar sintetizam o modo de Abraão viver.


Assim deve ser a vida do homem e da mulher de Deus.


Tenda traz uma conotação de transitoriedade, de morada não fixa, de quem está de passagem por este mundo e tem plena consciência disso. Somos peregrinos aqui. O cristão ainda não está em casa.


Altar reflete a sede de Abraão se relacionar com este Deus que o chamou para andar com ele. Ele sabe que é limitado, imperfeito - vai vacilar de novo. Por isso mesmo, tem a necessidade de se prostrar diante do altar, pedindo a purificação dos seus pecados, a renovação de suas forças, ânimo e direção para trilhar os caminhos que virão.


Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano.

(Salmo 143.10)


Como vão a sua tenda e o seu altar? Como vão o seu estilo de vida e a sua busca de Deus? Aprendamos com Abraão a desenvolvermos uma espiritualidade sadia.






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