Bom dia.
Damos continuidade na meditação no Salmo 62. Clique aqui para acessar as partes anteriores: parte 1, parte 2.
Vimos no post anterior que A devoção espiritual não nos afasta dos nossos problemas; ela nos aproxima de Deus.
Neste post veremos a segunda lição:
A devoção espiritual fortalece o nosso relacionamento com Deus.
Davi faz uma série de declarações de confiança em Deus. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa (v. 1 e 5).
Deus é a rocha de Davi, sua salvação, seu alto refúgio, uma fortaleza edificada no alto de uma montanha, onde o inimigo não tem como derrotá-lo.
E todas essas verdades são declaradas juntamente com seus problemas, com os mentirosos que querem destruir sua dignidade.
Ele medita, aquieta o coração, como no Salmo 131, e faz sossegar a sua alma. Percebemos que ele faz isso olhando para os problemas e olhando para Deus. No verso 4 ele diz que querem destruir a sua dignidade, porém no verso 7:
“De Deus dependem a minha salvação e a minha glória”.
É de Deus que a glória de Davi depende. E como essa devoção espiritual é praticada? Davi nos dá a resposta no verso 8:
Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
Nós precisamos dessa prática! Nossas vidas espirituais dependem disso. Lembre-se do Senhor Jesus derramando sua vida diante do Pai com a alma angustiada no Jardim das Oliveiras. O sofrimento da cruz era real e iminente. Jesus derramou-se diante do Pai: “seja feito conforme Tu queres”.
François Fénelon, teólogo francês (1651-1715) produziu belos textos sobre espiritualidade. Num deles, descreveu assim esse derramar-se diante de Deus:
"Conte-Lhe os seus problemas, para que Ele possa confortá-lo; fale-Lhe das suas alegrias, para que Ele possa moderá-las; conte-Lhe os seus anseios, para que Ele possa purificá-los; fale das suas antipatias, para que Ele o ajude a superá-las; fale das suas tentações, para que Ele possa protegê-lo delas; mostre-Lhe as feridas do seu coração, para que Ele possa sará-las; exponha-Lhe a sua indiferença para com o bem, a sua inclinação para o mal, a sua instabilidade. "
"Conte-Lhe como o amor por si mesmo torna-o injusto com os outros, como a vaidade o tenta a ser insincero, e como o orgulho mascara o que você é realmente para si mesmo e para os outros."
Quem de nós, em sã consciência, renunciaria a tão preciosa comunhão?
"Não existe lugar como os pés de Jesus para resolvermos os problemas que deixam perplexo nosso coração."
G. B. Duncan, 1912-1997
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