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O CASTIGO JÁ TEMOS. APRENDEREMOS A LIÇÃO?

Foto do escritor: Luiz Fernando ArêasLuiz Fernando Arêas

Bom dia.



Esse texto foi escrito durante a pandemia do corona vírus.


Se o profeta Amós pregasse em nossas ruas nos dias de hoje, qual seria sua mensagem?


Será que ele teria o que dizer a nós, que vivemos em dias tão complicados? Quais seriam as palavras desse profeta, que era um pastor/agricultor, colhia figos e lidava com o gado, num lugarzinho chamado Tecoa, perto de Belém?


Não se iluda. O fato de Amós ter sido uma pessoa do campo não quer dizer que ele era inculto. Sua retórica talvez seja a melhor de todos os profetas. Suas palavras contundentes lembram o estilo da carta de Tiago no Novo Testamento. Impressiona a maneira inteligente com que ele transmitiu a Palavra de Deus.


Na época de Amós, 760 a. C. aproximadamente, Israel e Judá foram governados durante a primeira metade do século por reis fortes (Jeroboão II e Uzias, respectivamente) com longos reinados. Isso torna a sua profecia ainda mais corajosa, pois Deus o levantou para profetizar não num tempo difícil como o nosso, mas num tempo de prosperidade e relativa paz.


No texto de hoje, Amós prepara com sabedoria uma "armadilha" para seus ouvintes, como me ensinou o caríssimo Prof. Carl Bosma, que aprecia muito este profeta.


Há sete perguntas retóricas feitas pelo profeta, e a reposta a cada uma delas é "não".

3 Acaso duas pessoas podem andar juntas se não estiverem de acordo? (não) 4 Acaso o leão ruge na floresta sem antes encontrar sua presa? (não) O leão forte rosna em sua toca se nada tiver caçado? (não) 5 A ave é pega na armadilha se não houver isca? (não) A armadilha se fecha se nada for apanhado? (não) 6 (Pode a trombeta tocar na cidade sem que o povo fique assustado?) (não) (Amós 3.3-6)

Agora veja o final do verso 6:

Acaso a calamidade sobrevém a uma cidade sem que o SENHOR a tenha planejado? (NÃO!)

Essa é a afirmação da primeira frase desta profecia:

2 “De todas as famílias da terra, só escolhi vocês. Por isso devo castigá-los por todos os seus pecados”.

(Amós 3.2)


O castigo é disciplina. O coronavírus é disciplina de Deus. Disciplinar uma criança não é puni-la por sair da linha, mas ensiná-la o caminho que deve seguir. Portanto, a disciplina inclui tudo o que você faz para ajudar as crianças a aprenderem. Muitas vezes erramos na disciplina com nossos filhos. Ou punimos demais ou de menos ou nem punimos aqueles que deveriam ser punidos. Mas Deus não erra na medida de sua disciplina. Sua disciplina é governada pelo seu amor. Assim deve ser a nossa também.


Li um artigo da escritora Eliane Brum, no qual ela dizia:

Se tantos repetem que o mundo nunca mais será o mesmo, qual é então o mundo que queremos? O pior que pode nos acontecer depois da pandemia será justamente voltar à “normalidade”. 
Eliane Brum

Se o coronavírus é um castigo de Deus, não é melhor aprendermos a lição? Sairemos desta pandemia melhores do que entramos? Ou em duas semanas na vida pós-pandemia não estaremos nem mais lavando as mãos? Continuaremos solidários?



Observação: o confinamento terminou, a pandemia, não. Cuidemo-nos!

Os grandes problemas de Israel, denunciados por Amós eram a idolatria, a falsa religiosidade e a injustiça social. Será que as palavras de Amós têm relevância para os nossos dias? Quando olhamos para a sociedade, não enxergamos a falsa religiosidade? Os dados de 2010 do IBGE mostram que 64,6% dos brasileiros são católicos e 22,2% são evangélicos. O Brasil tem quase 87% de cristãos (pelo menos nominais).


Então por que vemos tanta injustiça social nas ruas? Por que o cristianismo brasileiro não resulta numa sociedade melhor, mais justa, menos corrupta? Por causa da falsa religiosidade. A vida do domingo não impacta o resto da semana.


Sem sombra de dúvida. Precisamos aprender a lição. E como aprendê-la? Amós responde no capítulo 5, que veremos no próximo post, A LIÇÃO DE AMÓS A SER APRENDIDA.


Deus não esfregaria de maneira tão forte, se não fosse para eliminar a imundície e as manchas que há em Seu povo. Quando Deus ama, Ele aflige em amor, e sempre que o faz, cedo ou tarde, ensina a essas almas lições tais que serão proveitosas por toda a eternidade.

Thomas Brooks, 1608-1680


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