Bom dia.
A vida dele mudou completamente. Enganou, traiu, fugiu de casa, deixando para trás uma família que nunca mais seria a mesma. Sozinho, especialmente sem a proteção da mãe, ele tem que encarar a vida de frente e colocar o pé na estrada.
Mas Jacó não está só. O Deus de seu avô Abraão e de seu pai Isaque lhe aparece num sonho em Betel, prometendo bênção e proteção. Apesar de tudo, Deus continua no controle da turbulenta vida de Jacó.
Após uma longa viagem à Mesopotâmia, Jacó chega ao destino que o pai lhe indicara, a casa do tio Labão. Logo de cara encontra a prima bonita, Raquel, por quem se apaixona. O tio o acolhe carinhosamente. Parece que Jacó teve um bom recomeço.
Contudo, os próximos vinte anos também serão visitados pelo engano, pelos ardis. Assim como Jacó procurou superar o irmão sendo mais astuto que ele, seu tio, irmão da sua mãe protetora, tentará fazer o mesmo com ele. Que família...
Labão tinha duas filhas, Lia e Raquel. Lia não concorria com a irmã em beleza. Jacó propõe trabalhar sete anos por Raquel, e o faz com entusiasmo. Mas na noite de núpcias, é Lia quem está lá, o que Jacó só percebe pela manhã. Labão viu a oportunidade de casar as duas filhas e de arrumar um trabalhador dedicado por catorze anos. Quer Raquel, Jacó? Mais sete aninhos de trabalho.
Antes, ele enganara na escuridão da cegueira do pai; agora, é enganado na escuridão do quarto de núpcias. Antes, ele tapeara o irmão mais velho; agora, na escuridão, uma irmã é trocada por outra. Antes, seu pai o havia chamado de "Esaú" e ele respondeu; agora, talvez ele tenha chamado por Raquel e Lia respondera.
R. Paul Stevens, autor do livro "Espiritualidade na Prática", Editora Ultimato, escreve sobre esse momento da vida de Jacó:
“Deus estava colocando diante de Jacó espelho após espelho a fim de que ele pudesse ver a si mesmo e se encontrar com Deus mais profundamente. Não somente Lia representava um espelho bem polido, como o próprio Labão – um homem que sempre tinha um plano para tirar vantagens para si.”
Para refletirmos
A vida nos reserva encontros com alguns “Labões”. Quando eles surgirem, peçamos orientação a Deus.
De “príncipe”, Jacó tem que se sujeitar a uma posição de servidão. Se isso acontecer a você, lembre-se a quem você, de fato, serve.
Ao permitir esses reveses, Deus queria produzir uma maturidade em Jacó que ele ainda não tinha.
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