Bom dia.
Leia Filipenses 1.1-11
Convido você, caro(a) leitor(a) do Começar Bem o Dia, a uma jornada em busca da alegria genuína em Deus, apesar das lutas que a vida nos reserva.
A Carta aos Filipenses é provavelmente a mais carinhosa que o apóstolo Paulo escreveu.
Um dos temas dominantes é a alegria, o que contrasta com a situação de Paulo, porque ele está preso em Roma, a mil quilômetros de distância de Filipos, e a execução é uma possibilidade concreta. Essa é uma das quatro cartas que Paulo escreve da prisão. As outras são: Efésios, Colossenses e Filemon.
Apesar disso, Paulo escreve aos seus amados em Filipos:
“Alegrem-se no Senhor; outra vez digo: alegrem-se”.
(Filipenses 4.4)
Certamente Paulo não era masoquista, não gostava de sofrer. Sua alegria se firmava na certeza de que o Senhor sempre esteve no controle de cada situação da sua vida, inclusive nos piores momentos.
Por sua vez, os filipenses também enfrentavam aflições:
oposição por causa do evangelho, pois os cidadãos de Filipos haviam desenvolvido uma ardente lealdade ao imperador, que incluía um culto a ele como “senhor e salvador”. Isso levou os cidadãos a um conflito direto com os cristãos devido à devoção destes a Jesus como único Senhor e Salvador.
A igreja ainda enfrentava conflitos internos. Há uma menção da falta de concordância entre duas mulheres no capítulo 4. Talvez seja por isso que só nessa carta Paulo menciona “bispos e diáconos” no início.
Portanto, problemas não faltam, nem para Paulo, nem para os filipenses e nem para nós também.
A carta aos Filipenses pode ser lida como um incentivo a se alegrar em Deus, mesmo em meio às adversidades.
Estamos iniciando uma série de reflexões sobre essa abençoadora carta.
Há vários motivos de alegria que Paulo menciona na carta. Vamos refletir sobre três deles, o primeiro, no texto de hoje.
1º motivo de alegria: Paulo se alegra pela parceria e amizade da igreja de Filipos.
Paulo está há mais de mil quilômetros dos filipenses, mas a parceria entre eles e os irmãos é real. Ele agradece a Deus sempre que lembra deles, porque a cooperação no evangelho – a koinonia – tem sido real desde o primeiro dia até agora.
Epafrodito viajou a longa distância de Filipos a Roma com informações sobre a igreja e uma oferta dela para o apóstolo. Agora ele está para retornar para casa depois de se recuperar de uma doença que quase o matou.
No capítulo 16 de Atos dos Apóstolos podemos ler o início da igreja de Filipos. Entre 10 e 14 anos antes, Paulo visitou a cidade, pregou o evangelho a Lídia e batizou todos de sua casa. Expulsou o demônio de uma jovem adivinhadora e ele e Silas foram açoitados e presos por isso.
Perto da meia-noite, enquanto cantavam acorrentados ao tronco, houve um terremoto tão violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e as correntes de todos se soltaram. O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão, desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido. Mas Paulo gritou: “Não faça isso! Estamos todos aqui!” O carcereiro se converteu e ele e os de sua casa foram salvos e batizados.
Certamente esses são os primeiros membros da igreja e desde o primeiro dia, participavam com Paulo,
“...quer nas correntes que me prendem, quer defendendo e confirmando o evangelho, todos vocês participam comigo da graça de Deus”
(Filipenses 1. 7)
É isso que acontece quando a igreja participa da vida dos missionários, orando, sustentando, se importando com eles. A igreja torna-se participante da graça de Deus dada aos missionários! A graça e as bênçãos de Deus a eles são divididas com aqueles que os sustentam.
>>> continua
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